Políticas Públicas para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar no enfoque da Agroecologia” foi o tema da palestra

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Estudantes, professores e profissionais interessados de 33 municípios cearenses e de outros estados brasileiros estão em Juazeiro do Norte, onde participam até amanhã (13) do II Congresso Cearense de Agroecologia. O evento está acontecendo no novo campus da Universidade Federal do Ceará (UFC), no Cariri, que abriga dez cursos de graduação, conta com 1.300 alunos, 183 professores e se prepara para ofertar seu primeiro curso de Mestrado (Desenvolvimento Sustentável).

Foi nesse ambiente de plena efervescência de conhecimentos e intensa vida acadêmica que se deu, na noite do último dia 11, a abertura oficial do Congresso. Lá, estiveram o secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Antônio Rodrigues Amorim, o presidente do Congresso, Joaquim Torres Filho, o diretor do Campus, Ricardo Luís, o presidente Ematerce, Itamar Teixeira, dentre outras autoridades e uma grande plateia.

Na ocasião, os participantes puderam assistir à palestra do secretário Amorim, que se debruçou sobre o tema “Políticas Públicas para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar no enfoque da Agroecologia”. Ele destacou a importância da valorização da biodiversidade e revelou que esse é um dos preceitos que norteiam as atividades da SDA em todoso interior do Estado, bem como a recuperação dos solos e os investimentos em quintais produtivos. Para ele, a agroecologia está se confirmando cada vez mais como estratégia para o desenvolvimento rural com sustentabilidade econômica, social e ambiental.

De acordo com o presidente do Congresso, a agroecologia tem base em diversas áreas do conhecimento e estuda os processos de desenvolvimento a partir de um enfoque sistêmico, adotando o agroecossistema como unidade de análise na transição dos modelos convencionais de agricultura para estilos de desenvolvimento rural sustentáveis.

Ao final da palestra de Amorim, o presidente falou sobre a importância da sua apresentação. “Somos privilegiados em contar com a sua contribuição, que alia toda uma existência de vida no campo com a função gestora de uma das pastas mais atuantes do atual Governo do Estado”, declarou.

Assessoria de Comunicação da SDA – Jully Gomes (85) 3101.7631

II Congresso Cearense de Agroecologia em fotos

Encerrou-se hoje com visitas técnicas a experiências exitosas em Agroecologia, o II CONGRESSO CEARENSE DE AGROECOLOGIA. Durante 4 dias, agricultores, técnicos, professores, estudantes e profissionais liberais, discutiram vários temas ligados à Agroecologia. O evento foi realizado no Campus da UFC Cariri, Hotel Verdes Vales e Fatec Cariri.

Matéria jornal o estado

Visão holística
Juazeiro recebe Congresso Cearense de Agroecologia
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Por Tarik Otoch

Juazeiro do Norte, 10 de novembro de 2010. Vi começar mais um evento de cunho socioambiental no Ceará esta semana (confira outros exemplos nesta mesma edição). É o II Congresso Cearense de Agroecologia (II CCA), cujo tema central será “Agroecologia rumo ao desenvolvimento sustentável”.

Na programação constam oficinas, mini-cursos, palestras, conferências e visitas técnicas, incluída a Feira de Agroecologia do Cariri (você pode acessar o roteiro completo no endereço www.aceg.ufc.br/eco2010).

O II CCA vai ser realizado no campus da Universidade Federal do Ceará, no Cariri. O objetivo primordial é contribuir para a construção de conhecimentos científicos e práticas agroecológicos, abordando aspectos sociais, ambientais e econômicos. O incentivo à pesquisa cientifica e à extensão rural também serão centrais, diante de questões como a mudança climática e as consequências para a agricultura familiar no Estado do Ceará.

Apesar de ter âmbito estadual, espera-se a participação de representantes de vários Estados do Nordeste próximos à região do Cariri.

A expectativa é de aproximadamente mil participantes, entre agricultores, estudantes universitários, professores e pesquisadores, técnicos e representantes da sociedade civil organizada. As inscrições encerram-se amanhã e custam R$ 50 para estudantes e R$ 100 para profissionais.

Para o presidente da comissão organizadora do II CCA, professor Joaquim Torres, a agroecologia no Nordeste vem obtendo êxitos através de experimentos de universidades, ONGs, assentamentos e técnicos que militam na área, endossados pelo apoio do governo federal. E o momento ainda tende a melhorar. “Assim como a agricultura orgânica tem tido uma evolução, a agricultura agroecológica nos tempos atuais tende a crescer face à demanda por consumo de produtos mais naturais”.

Contudo, para Joaquim, a agroecologia ainda carece de uma maior difusão no meio acadêmico. Sintoma disso é a ausência de uma disciplina de Agroecologia em cursos de Agronomia. E o II CCA também vem para suprir essa demanda, ao incentivar pesquisas e socializar os resultados científicos da ICID 18, realizada em agosto em Fortaleza.


O que é
agroecologia
É um modelo de sistema agropecuário integrado, socialmente justo e ambientalmente correto. Entendida também como tecnologia social, que usa uma estratégia com base em diversas áreas do conhecimento, sob um enfoque sistêmico, holístico.
O conceito adota o agroecossistema como unidade de análise na transição dos modelos convencionais de agricultura (e de desenvolvimento rural) para estilos de agricultura e de desenvolvimento rural sustentáveis.

Ceará vai sediar Congresso Brasileiro em 2011
Fortaleza foi escolhida para sediar a sétima edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia (VII CBA), que acontecerá em novembro de 2011.

É a primeira vez que o evento será realizado no Nordeste, onde deve dar destaque para as propostas da agroecologia na convivência com o Semiárido. O tema será “Ética na Ciência: Agroecologia como paradigma para um novo modelo de desenvolvimento”.

Além de conferências, debates e apresentações de trabalhos acadêmicos, devem ser apresentados, no evento, experiências agroecológicas de agricultores familiares e de ONGs e movimentos sociais que atuam na região.

Em 2009, durante o VI Congresso Brasileiro de Agroecologia e o II Congresso Latino-americano de Agroecologia, realizados em conjunto em Curitiba, foi destacado na Carta do Congresso “o papel da Agroecologia para a mudança de paradigma de desenvolvimento, capaz de construir uma agricultura biodiversa, de base familiar camponesa e resiliente às mudanças climáticas”.